domingo, 8 de novembro de 2015

A história de um massacre

  

Conheça também Diários de uma loca 2.0 

 A história de um massacre

                                           Caça às bruxas- O reinado do medo




                                         “Não permitirás que viva uma feiticeira”

                                                   Êxodo- Cap. XXII Versículo- XVIII

                                                                

          Marcada por ser a idade das trevas e pela supremacia da Igreja Católica Romana, a idade média entre muitas outras coisas foi a idade da “regressão”, na qual enfraqueceu-se o comércio, dizimou-se  culturas, proibiu-se a livre expressão e criou-se um tribunal , denominado o “tribunal do Santo Oficio” , mais conhecido como a “Santa Inquisição.”
        Imposta oficialmente pelo papa Gregório IX, no século XII, seu principal objetivo era a punição de qualquer  pessoa acusada de ter cometido heresias ou  seguir alguma crença que não condizia com a ortodoxia católica.
“Idealmente, o que a inquisição deseja é salvar o herege [...] até o último momento[...] espera-se do herege que confesse seu erro, que se reconheça em erro. Não deixará de morrer, mas ganhará a salvação”
      (Autor desconhecido )


sábado, 11 de abril de 2015

Cânticos Sagrados da Antiga Religião


Cânticos sagrados Pagãos em estilos variados para você usar em seus rituais e práticas devocionais, fáceis de aprender e cantar.

01 - Vou Banindo
02 - Somos um Círculo
03 - Ar Move
04 - Ouça o meu chamado
05 - Cântico para o Deus
06 - Vida que Flui
07 - Lua, Mãe Lua
08 - Cante para a Mãe Terra - Oh, Grande Espírito - Mãe eu te sinto - Medley da Deusa
09- Eu sou a Deusa
10- Cântico para a Deusa Tríplic

Não esqueça de Deixar um "curtir" e compartilhar com seus amigos .




sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Autenticidade - Sem processo jurídico

A autenticidade que vou citar neste texto não tem nada a ver com uma investigação ou processo jurídico, muito menos se refere a franquias, marcas, nomes, empresas e informações. E sim, daquilo que diz respeito a essência humana, sem se afastar do que nos é racional e ordinário.

Para isso apelamos para a percepção. Não poderemos medir cientificamente um processo que depende exclusivamente de nossa consciência humana. E a consciência não é colocada a prova se não por ela própria, mesmo sendo o observador e esse podendo ser ludibriado pelos seus sentidos. Pois o que é para a consciência nem sempre é para a realidade racional controlada por um ambiente de laboratório, até porque nossa consciência é muito instável e pode deixar de perceber os objetos a sua frente.

Nos efeitos da vida, nos vemos sendo irreversivelmente ligados aos sentidos e a consciência de forma que muitas vezes seus estados ditam o modo com que nossa vida anda, e isso afeta em todos os âmbitos. Formas externas também entram nesse jogo psíquico; pulsões externos, podendo ser imagens, ações, palavras, sons. Que em um ponto agem fatalmente da mesma forma que os internos: pensamentos, lembranças, reflexos, sensações. Após serem interpretados pela mente, todo uma reação em cadeia se repercute nos componentes do cérebro; em certo grau isso é alterar a consciência. Mas isso se torna mais substancial quando o indivíduo o faz voluntariamente e aplicando uma dose de persistência; carga emocional também tem se demonstrado significativo. Aí eu digo que é alterar a consciência de um modo consciente.

Esta abordagem que estou fazendo aqui é muito simplista. Ainda mais porque ela abrange somente o indivíduo isolado em seu habitat, mesmo que pejorativamente em uma caixa de laboratório. Os eventos de alteração de consciência ocorrem o tempo todo pelo globo. Está em toda a parte; não somente de indivíduo para indivíduo. Vemos isso na sociedade, em grupos de ideias, partidos, empresas, comunidades, times, etc. E isso não me soa conspiratório. Basta dizer que é uma pequena parte.

Sem esquecer dos impulsos biológicos de nosso próprio DNA, que como um "Software" roda em nosso "CPU", sistema nervoso central para dizer como serão nossos padrões comportamentais; é óbvio que isso não influenciaria nossa capacidade de escolha como se fosse um robozinho né, óbvio que não. Mas admito... de toda forma isso soa muito conspiratório e publicitário.

Mas quando negamos nossos traços hereditários; nosso jeito de ser, de falar, de andar, etc; acabamos entrando em conflito com nós mesmos, gerando assim severas tensões, causando problemas de personalidade quando em seu maior grau de tensão. Mas sempre antecipado pelos chamados problemas comportamentais, depressão e outros.

Mesmo além de traços hereditários, construímos por nós mesmos todo um universo íntimo, carregando todo o tipo de coisas; algumas reprimidas, outras supervalorizadas, e assim vai... Uma boa saída é aceitar as situações e fatos de nossas vidas, para que não carreguemos aquela tensão que certamente ficará reprimida por anos. Sempre evitar esse tipo de situação, pois automaticamente a responsabilidade se tornará nossa uma vez que interpretarmos aquilo com a intensão de levar adiante toda a carga que não irá fazer nenhuma diferença para nós se pensarmos bem, mas ocasionará problemas futuros.

Essas coisas demonstram que ter identidade é muito mais do que conhecer o próprio nome, saber onde nasceu e qual a ascendência. Isso lembra a frase de Nietzsche: "Torna-te aquilo que és".

Uma visão realista irá garantir que a hipocrisia não se torne um hábito, pois não estaremos perdendo para alguém, mas para nós próprios. No momento gosto de chamar; ou até mesmo resumir isso tudo como autenticidade. Além de estarmos consciente de nossas limitações, assumimos nossas características pessoais, assim as utilizando de forma mais harmoniosa em prol de nosso desenvolvimento pessoal.

Para mim isso é a autenticidade. No sentido humano, íntimo e individual do termo. É um ser humano autêntico, legítimo, genuíno, verdadeiro e responsável por tudo o que diz respeito a ele próprio e o que lhe cerca. É demonstrar ter um valor próprio, caráter, fidelidade; sem precisar de artifícios.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Uma crítica ao Ocultismo

Gostaria de neste texto delinear um pouco as minhas ideias; tornar elas mais claras ao leigo. Para isto quero dizer que não sou militante de ocultismo; desta forma, não me classifico como um deles. Assim como não me classifico como um cético ateu tanto quanto um religioso.

Nisto, gostaria de falar que o mau que o ocultismo partilha é o associado com a religião. Ambos tendem a superstição, e valorizar conceitos a custo da vida humana, e não o contrário. Já aquilo motivo de rixas entre ocultismo e ciência é a pseudociência. Mas aí já acho que é um erro de interpretação das partes, pois o ocultismo nunca interferiu na ciência a ponto de desmerecer a eficiência prática e comum ao homem que a ciência apresenta. Deve haver a conscientização de que o ocultismo trata de explicar aquilo que está além do convencional, e a ciência o convencional e palpável. Já a religião estaria muito acima do ocultismo, tratando de um universo inacessível e inalcançável ao homem. Portanto é óbvio que ciência não se encaixa com a religião, é impossível haver uma coisa dessas.

A ciência possui seus métodos investigativos, suas especificações, que são o ordinário e real. Já a religião é aquilo que está fora do alcance, o imaginário. Nisto o ocultismo é um pouco dos dois. É o porão dos cientistas loucos que busca criar o "Frankenstein", indo além da ciência e da religião; um ato de loucura ou genialidade... Também pode ser o Religioso que busca uma comprovação científica de seus dogmas.

O conhecimento mais seguro que temos no momento é certamente a ciência; porque por possuirmos as ferramentas necessárias para analisar os demais conhecimentos que foram acumulados e desenvolvidos através dos tempos (e nisto a religião e ocultismo) podemos analisar de forma mais esclarecida, medindo e quantificando os ensinos do tempo, enquadrando nas suas devidas competências.

Até agora no texto, a ciência se encaixou muito bem, tirando a parte lógica de que ela também pode se valer do ser humano para o seu progresso indevido, sua continuação de forma usurpadora, como uma religião controladora. Assim como sitei referente ao ocultismo e a religião. A terrível possibilidade do conhecimento ser usado contra o homem ao invés de ser usado a favor.

Essa bagunça de confundir religião com ocultismo, ocultismo com ciência, seja o que for; só vai contribuir mais ainda para o atraso do desenvolvimento humano. Pois as pessoas acabam se digladiando por motivos fúteis. Muitas dessas distorções, são apenas jogos feitos pelo poder por motivos puramente políticos; plantam o descontentamento, ódio e mentiras para manipulação de massa. E o povo desestruturado e mórbido acaba mordendo a isca e comprando um passaporte para um destino no qual não pretendia ir.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O Satanista não Odeia, o Satanista Despreza - Por Daemonus

O ódio é uma doença, um câncer popular e contagioso, ele destrói tanto quem é odiado quanto quem odeia, pois o ódio é constante. O Satanista como seu próprio Deus não pode se permitir ser atingido por uma doença como esta, isso é Estupidez.

Mas como uma Doutrina baseada na Rebeldia não carrega o ódio em seus valores? Como pode o Ódio não fazer parte da tão questionada Sombra Humana? Primeiro o motivo pelo qual o Satanismo não possui o Ódio é porque este nada mais é que o produto de um sistema Dualista, o Ódio só habita onde existe Certo e Errado, e nós sabemos muito bem que o Satanismo não possui Certo e Errado. Nós Satanismo dividimos as coisas entre Úteis e Dispensáveis, é simples assim, cada um de nós é livre para formar seus próprios conceitos, fazendo com que a Doutrina não os tenha.

Eu só posso Odiar alguém se este alguém ferir o meu conceito de Certo, porém para isso nós precisamos ter uma visão Otimista do mundo, achando que se esse alguém não tivesse cometido o erro o mundo seria melhor – seria odiar por ferir um equilíbrio imaginário... – e felizmente o Satanismo é uma Doutrina Realista, mais um motivo para abolir o ódio.  Agora, o que se refere à Sombra Humana, as pessoas tem um conceito errado de que a Sombra Humana é tudo aquilo que nossa sociedade – Piedosa e Otimista – condena, mas não é bem assim. O ódio tem seu papel em nossas vidas, o mesmo papel exercido na relação da sua mão e uma fogueira = “Da pra derreter Marshmallow e a sua Mão também.” A Sombra Humana é a natureza do Homem e o homem naturalmente tem Amor próprio, tem egoísmo – não confundam com egolatria -, ele tem um senso muito bom do que lhe faz mal e lhe faz bem, infelizmente nós perdemos este senso, na nossa evolução escolhemos desenvolver a inteligência, mas como diria LaVey: “Satã representa o homem como outro animal, algumas vezes melhor, mas geralmente pior do que aqueles que caminham sobre quatro patas, e que, por causa de seu "desenvolvimento espiritual e intelectual", tornou-se o animal mais maligno de todos!”.

O ódio derrete de dentro para fora, ele tem seu papel no Satanismo, principalmente para os iniciantes que precisam derreter seus conceitos genéricos e abandonar seus dogmas centenários, mas no ponto de vista geral o Ódio é uma doença, fruto do Otimismo e da Dualidade, dois fatores completamente contrários ao Satanismo, que por sua vez é Realista e Amoral. OBS: É aqui que entra o tema polêmico onde Odiar o Cristianismo é um ato de Estupidez, mas isso fica para outro texto.

Como dito antes o Satanista divide as coisas entre Útil e Dispensável, e é neste dispensável que surge o Desprezo. Enquanto o ódio é o direcionamento de energia, o desprezo é o completo cessar desse fluxo. Preserva-se energia, ganha-se tempo, e cá entre nós, não existe nada mais Satânico do que derrotar um inimigo com Cinismo e Silencio, coisa que só o Desprezo faz.

Eu poderia ficar horas falando motivos e mais motivos que me vem à mente sobre o porquê evitar o ódio, mas isso tomaria muito tempo e ninguém tá a fim de ficar lendo um texto eterno. Eu criei um Ask para que vocês mandem suas perguntas e dúvidas para nós, esse é o link: http://ask.fm/GSerejo12
Até breve.

- Daemonus

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Idealizando o Desenvolver

Desenvolvimento humano... Filosoficamente este não seria o ideal raiz para tudo aquilo que pudesse contribuir para o bem do homem? Ou não, pois é somente uma ideia. Contudo as coisas sempre se iniciam a partir de uma ideia, a não ser aquilo que já existia quando o homem veio ao mundo.

O desenvolvimento diz respeito à muitas coisas. Ao desenvolvimento orgânico, material, moral, profissional e por ai vai. Ele atua na área do Direito, sendo universalmente a lei mais elementar de todas, que garante um tratamento minimamente digno aos indivíduos, por isso também classificamos como um humanismo. Também é uma palavra forte no que diz respeito à psicologia e as formas de aprendizagem.

A palavra desenvolvimento não consegue separar-se da ideia externa e interna referente ao espaço social. Como assim? Estou tentando dizer  que existe o desenvolver-se no presente do infinitivo e o desenvolverem no futuro simples. Desenvolver a si mesmo e o desenvolvimento externo, do meio e da comunidade.

Quanto a dinâmica da palavra, agora não sei se eu enquadraria em psicologia ou até em algo holístico. O Desenvolver-se joga a responsabilidade do indivíduo lá para o futuro, o compromisso procrastinado. Desenvolvimento é algo morto em si, e Desenvolvendo é algo que já tomou curso, que já perdeu a sua vitalidade, que é o tempo presente. Pois acredito que a chave existe no tempo presente, que a mudança só é possível no aqui e agora. Assim sendo, para mim a palavra mais adequada é Desenvolver, pois mantém sempre aquela chama acesa, da ânsia da continuação, do aperfeiçoamento. Isto tem a ver com a atemporalidade, mas se eu falar disso agora irá fugir muito do assunto, que pelo visto é um pouco mais objetivo.

Mas continuando o assunto... Relacionando o crescimento pessoal com o que comentei sobre o tempo "presente", penso a seguinte coisa: que através dele podemos conhecer o que muitos outros estudos que acredito estarem em seguimentos parecidos ao do Desenvolvimento chamam de Self, Essência, etc. Através do presente ( Consciente ) mergulhamos em nosso passado ( subconsciente ), para nos resolver. Mas também avançamos para o futuro ( Superconsciente ) para nos aperfeiçoar.

Relacionando isso com a noção de nosso espaço, muitos místicos ou religiosos confrontam as ideias de luz e trevas, que a luz não vive sem trevas ou ao contrário. Mas o que coloca tudo isso abaixo é a seguinte pergunta: Quem percebe que essas trevas são trevas ou que essas luzes são luzes? Ou melhor, sob que espécie de material ou substância se sustentam esses dois estados? O que existe entre a luz e as trevas que torna esta distinção possível? A palavra Vida e Consciência podem dar alguma resposta a isto. Qual é o produto do universo? Ou o que originou o universo? Não é pertinente responder...

Luz e trevas, ou futuro e passado não passaram a existir a partir do Big Bang, eram uma parte constituinte daquele estado na qual se limitava o universo antes do Big Bang, estava dentro daquela partícula que "explodiu". Como foi dito, o universo não surgiu do nada, mas foi uma expansão, uma extensão daquela primeira partícula. Isto faz lembrar a ideia mística de que antes de o universo surgir como conhecemos, existia como um ovo, em dormência, neste estado primordial, nem em trevas e nem em luz, em uma especie de presente em sua união ou "Atemporalidade", Caos Temporal no caso de se mostrar disperso em si, desorganizado. Indesvendável assim como nós, pois também somos uma partícula, ocultados em nós mesmos. Daí facilmente deduziríamos aquela ideia do círculo e do ponto. Hadit e Nuit que são na época contemporânea de hoje melhor explicados pela cosmogonia Thelêmica, um dos pensamentos esotéricos não científicos que temos.

Agora quanto ao crescimento externo, coletivo, requer em primeiro lugar a mobilização. Dai vai vim toda aquela problemática de juntar pessoas para um mesmo fim, coisa que os seres humanos não são muito a favor. Até porque eles tem a tendência de serem despóticos e Cientificamente ou não irão formar uma religião, um sectarismo. A dinâmica equilibrada, sem um unilateralismo é uma película muito sensível, facilmente abalada por tensões geradas pelo grupo.

Contudo, acho muito importante o agrupamento de pessoas para um determinado fim, principalmente para o desenvolvimento humano. Na verdade, acho que é a unica forma de estabelece-lo, integrando o todo, não se limitando unicamente ao desenvolvimento individual.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Caçador de Heresias - Capítulo 02


- O MUSEU -

 
     O hall de entrada era belíssimo. Ao lado esquerdo havia bustos de pessoas importantes, da antiga administração da cidade e do museu. Do lado oposto, um lindo quadro da revolução francesa. O teto era abobadado e tinha um triângulo com o popularmente chamado "olho que tudo vê". O átrio ecoava ao som da algazarra de adolescentes irreverentes.
     — Silêncio! — Exclamou a monitora do colégio, Sra. Fátima.
     Uma outra Senhora, esta a guia do museu, da uma tossida e ri quando fala:
     — Alunos. É com muito prazer que vos apresento o antigo museu de Nova Plebe. Para quem já o visitou sabe como seu conteúdo histórico fascina e trás muitas reflexões. Quando entramos nele mergulhamos em um universo somente nosso, e não o bastante, também nos interligamos a momentos do passado que trazem um pouco de nós. Os artefatos do museu contam um pouco da história de nossa cidade, fazendo-nos refletir e reavaliar nossa própria ótica e como ela se modifica através do tempo, pois após a infância, muitos conceitos que tínhamos sobre algo acabaram sofrendo modificações ao longo do crescimento e consequentemente ao longo da transformação de nossa própria ótica individual.
     E continua:
     — E o passado ajuda nisto, pois mostra nossas falhas. Vocês já devem estar cansados de meu blá-blá-blá, então vamos em frente. — Diz a guia do museu, e acrescenta: — Tenham um bom passeio.

     — Já vamos indo. — Diz o pai.
     — Mas já? Não vão ficar? — Indaga Emily preocupada.
     — Temos que ir. Qualquer coisa nos liguem, iremos buscar vocês.
     — Ta ok.
     — Tchau. Amo vocês. — Disse a mãe se despedindo.
     — Tchau... Até depois. — Falou Samuel enquanto começava a seguir o pessoal e sua irmã se juntar a turma.

     Fátima olhava com uma cara idiota em direção à abobada, mas retomou sua velha postura e disse:
     — Formem duas filas. Uma para os alunos do 2° ano, e outra para os do 3° ano. — Yoni se locomovia para entrar em sua fila. Estava entre os alunos do 3° ano. Também havia uma fila para visitantes comuns que eram acompanhados pela guia do museu, ali estava Samuel.
     Então os visitantes rumaram em direção ao acesso que dava ao museu propriamente dito, quando Yoni lê uma frase que lhe parecia certamente familiar. Estava gravado no umbral da porta em letras góticas o seguinte: " Conhece a ti mesmo e conhecerás o universo e seus deuses."

( ... )

     Samuel estava temeroso quanto ao passeio, pensava se talvez não havia sido melhor ter ficado em casa. Nesse aspecto o garoto parecia um tanto dramático, e pessimista... é claro.
     Após ter atravessado o hall, ele acompanha a fila e segue as instruções da guia em paralelo à fila do pessoal da escola. Era uma sala ampla, mobiliada por balcões e estantes entre um caminho em zigue-zague, através da história. Passaram por réplicas de cavalos puxando as carroças do velho Renato Augusto, mas também pela antiga prefeitura, outrora destruída por uma horda de manifestantes furiosas.

( SPAFT!) — Opa, desculpe... Sou muito desastrada. — Diz Yoni levantando-se de uma queda. Samuel olha e nota que é a colega de sua irmã que estivera em sua casa.
     — Que droga! — Pensou Yoni com seus botões. Cair na frente de todo mundo... Que mico, mas não me importo com a opinião dos outros. — Completou a garota, mas no fundo sabendo que existia um motivo para estar assim tão distante de uma hora para outra. E era o presente lugar, ele a prendia, conectava a um passado. Mas havia algo pesado no ar, dava um frio na espinha.
     ...E a garota sentiu subitamente um hálito quente que ia subindo pelo corpo, seguido de uma onda gelada que desceu pela coluna. Nesse momento passou a escutar muitas vozes e um grito agoniante. Havia algo perverso... era como se pessoas clamassem por ajuda!

( ... )

     Neste momento, a guia explicava sobre um certo colar, muito estranho por sinal. Havia pertencido a um antigo colecionador de antiguidades. Seu nome era Arthur Rômulo, que além de um colecionador também fora fundador de uma organização chamada IDM.
     Samuel se sente inquieto. Escuta uma contínua balbúrdia no fundo do museu seguida de um estalido seco.
     — Não!!! — Grita uma visitante e muitos objetos de vidro ou porcelana caem se espatifando pelo chão. Então o caos se instaura no local, as pessoas começam a se agitar e a garota cai...

     — Samuel! — Grita Emily, e novos barulhos e gritos surgem. O garoto corre de encontro à irmã mas é derrubado por pessoas que irrompem subitamente em seu caminho na esperança de fugir do local. O garoto então se levanta e avista dois homens mascarados olhando estranhamente para a garota que está caída. Mas o que eles poderiam querer com ela???

     O pânico começa a se fazer presente para Samuel, mas ele precisa fazer algo para afastar as garotas do perigo. Em meio as pessoas o garoto vê os bandidos se deslocando para lá e age por impulso. Correndo em direção a eles, salta por um balcão e derruba uma estante em cima. Um profundo estrondo balança o piso do local.
     — Ahh! — Grita Emily olhando com pavor.
     — Não há tempo! — Diz Samuel encontrando a irmã. Ele ergue Yoni do chão e a carrega até que ficam atras de um balcão e observam a bagunça.
     — Você esta bem? — Pergunta para a irmã.
     — Estou! — Responde ela histericamente.
     Ao olhar para Yoni ele empalidece. A garota não estava desmaiada este tempo todo, mas sim em uma espécie de transe, como em um sonambulismo. Mas ao fixar o olhar para a garota de cabelos roxos e olhos claros, e como se soubesse exatamente o que estava fazendo ele a faz despertar.

( PLÁH! ) — Uma cena deplorável se passa na frente dos jovens que ainda permanecem escondidos furtivamente. Policiais chegam atirando para cima na esperança de mostrar algum trabalho, ou chamar a atenção. Os bandidos já haviam fugido...
     — Vamos sair daqui? — Fala Yoni calmamente olhando para Samuel.

- Fim do capítulo -
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