terça-feira, 8 de abril de 2014

Sobre a contra parte Qlippotica da Arvore da Vida e sua manifestação no Ego. - Parte 4: Ensaio sobre Concentração.


  A origem latina do vocábulo "concentração" tem  sentido claro e definido. Refere-se a coisas que têm um centro comum ou que são descoladas para um centro. Essa ideia pode ser expressa pela palavra "convergência" (tendência de vários aspectos se identificarem num ponto), que, etimologicamente (estudo da origem das palavras e seus significados) não se distancia do sentido literal da palavra concentração.


                                            A interação do Estudante com a Concentração:

As questões inevitáveis e bastante justificáveis que ele colocara são: "Por que, quando e como se deve estudar concentração" e "o que alcançaremos se formos bem-sucedidos nesse estudo?"

  Suponhamos que temos um lápis sem ponta ou um pequeno graveto sem ponta. Se precisarmos usar um deles para furar um pedaço de papelão, encontraremos dificuldade, a menos que os apontemos.

  Ainda que a pressão seja considerável, o lápis sem ponta não vai furar o papelão. Por que? Porque esta em ação uma lei física simples. A maior parte da força sera dissipada e o instrumento mal aguçado não removera as partículas do papelão.

  De forma parecida, uma faca cega não pode cortar bem, visto que a força que se aplicar a ela, para tal fim, sera dispersada numa área maior e em muitos pontos, em vez de ser concentrada.

  Mas, se os instrumentos estiverem  apontados, não haverá dificuldade em fazer o furo ou um corte em linha reta. Se há um segredo nisso, onde esta? Simplesmente no fato de que a força aplicada sobre um único ponto é mais eficiente e parece muito maior do que aquela que é aplicada simultaneamente em muitos pontos.

Quem está qualificado para o estudo da concentração?

  Geralmente, a primeira resposta natural à pergunta acima é: "Quem sabe o que deseja". Em outras palavras: o estudante deve ter um objetivo definido e, para alcançá-lo, deve compreender que o primeiro requisito é a capacidade de concentrar-se.

  O mero "interesse", a curiosidade ou outros motivos mesquinhos jamais poderão ser fatores do bom êxito.

  Os objetivos podem diferir, quando não estamos empenhados numa busca espiritual verdadeira, mas todos devem ser realizáveis e ter base segura. Vejamos alguns dentre múltiplos exemplos:
O desejo de moldar nossa vida segundo um padrão razoável e logico; de obter o máximo de nossas possibilidades; de adquirir a paz mental; de desenvolver a arte de evitar sugestões estranhas ao nosso modo de pensar; de aumentar a força de vontade e, para que nos capacite a viver sob a diretriz escolhida.

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||

O Mago, O Alquimista, O Buscador e O Caminhante, são ambos Mago e Magia, Alquimista e Alquimia, Busca e Buscador, Caminhante e Caminho. São tanto a ferramenta em si, como também seu operador, são elementos que se mesclam em unidade. Interdependência.

"É mais fácil cortar o mal pela raiz"

  Mais útil que melhor para o caminho é cortar o mal pela raiz, no presente, da criação das personalidades e julgamentos, não abastecendo os coágulos de identificações defeituosas, mantendo em vista uma sentinela, que é observadora silenciosa da totalidade psicológica, dos fatos verdadeiros e dos falsos, em prol da evolução espiritual, do bem maior e da grande obra.

 Sri Râmana Maharshi:

 " A mente do homem esta repleta de pensamento e, por isso, o individuo é extremamente fraco. Se, em lugar desses inúmeros pensamentos inúteis, permanecer um único, ele sera o poder em si mesmo e terá grande influencia" .

Bibliografia:
Concentração, Mouni Sadhu.
Eu Também.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...