sábado, 18 de outubro de 2014

A Heresia Oculta

Me mate! Se cometi  pecado contra o Oculto!

Não acho correto, sob hipótese alguma, expor conceitos de forma a generalizar as praticas e filosofias de outros adeptos, impondo a sua própria visão. Classificando sistemas as custas de quem os criou. Jogando conceitos contra outros afim de dizer que este ou aquele sistema, protocolo, disciplina ou método é melhor que outro. E muito menos delinear o modo no qual esse indivíduo pode ser classificado, pois trata-se de algo muito pessoal, a linha que este segue, filosofia e missão.

Tome muito cuidado quando o interlocutor começar com esses rodeios, pois são formas de ataque e estratagemas, na qual vai criando uma forma de controle, causando uma dissenção aqui e outra ali, assim vai manipulando, plantando suas sementes. Muitas vezes isso é feito através do marketing, uma imagem ou símbolo, que não corresponde com a realidade, assim ocorrendo uma distorção da mesma. Essa distorção desequilibra os elementos e pode causar uma obsessão. Na magia não é loucura raciocinar dessa forma, pois as vezes deve-se trabalhar com reações em cadeia, possibilidades. Isso lembra aquela ideia do efeito borboleta, algo que muda drasticamente o futuro.

A forma na qual você leva a sua vida magica é somente você que deve decidir. Magia é um modo de vida e a forma na qual você expressa este modo. Esse modo é algo individual, inerente a restrita individualidade. Que se expressa como Arte. Da mesma forma que a magia é chamada de arte por aquele que o vê praticar.

No post Pelo Conhecimento Oculto falo como a individualidade deve ser protegida, e como palavras como Eu e Ego são carregadas de Tu Deves ( Nietzsche ), impondo já uma responsabilidade religiosa que por fim resulta em cegueira e completa contradição.

Quando você aprende uma determinada doutrina que lhe foi ensinada, continua impecavelmente perfeita para você? Ou ao passar pelo seu crivo ela se mistura com suas aspirações e ponto de vista passando a se tornar uma nova doutrina? Se isso for real podemos começar a suspeitar que não adianta tanta classificação de pessoas como: Esquisotérico, Ocultista, Para-Cientista, Pseudo-Ocultista, Espiritualista, Adepto, Iniciado, etc.

Importa primeiramente saber o que realmente sabemos. O que realmente queremos. O que realmente estamos fazendo.  É o que estou tentando pateticamente passar aqui, ousadamente. A verdade é que alguns ocultistas estão muito preocupados em agir de forma X pois caso contrario ele será visto por outros ocultistas de forma Y. Por causa do extremo eliticismo. Dai não pode fazer isso e não pode fazer aquilo, pois dará na batatinha frita, que não é o que tal escritor diz que é o molho shoyo. Parece com a pessoa que vai em diversas Igrejas e em cada uma escuta uma coisa diferente e não sabe para onde ir.

Sou da opinião de simplificar. Você é um estudante ou praticante de magia que busca o auto-conhecimento. Você segue a sua própria linha e sua própria doutrina e não deixa de ser um mago. Não seria nada além de uma verdade dizer isso. Ninguém é obrigado concordar com a minha ideia. Mas para mim isso esta certo de uma forma ou outra. Tudo dentro do auto-conhecimento, da liberdade, transcendência, auto-expressão e auto-realização. São as chaves.

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